terça-feira, junho 26, 2007

Sem obrigações ou Mais um amor criado

Hoje eu invento mais um amor
Para poder dormir melhor
Para poder dar cartinhas e sorrisos
Que não é certo guardar só para mim

E esse novo amor talvez dure pouco
Se durar muito é sorte do acaso
É mais um de tantos já criados
Porque eu duro pouco sem carinho

Mas que esse amor viva
Pois até mesmo amor criado é sentimento
E enquanto houver o que se dar
Que se dê como se fosse verdadeiro

Dia efervescente

Splash (a pastilha afunda na água...)

Tssss Tssss Tssss Tssss Tssss Tssss
Tssss Tssss Tssss Tssss Tssss Tssss (...vai subindo e dissolvendo...)

Glub Glub Glub (...e se bebe do dia, torcendo pelo final de semana.)


Boa noite.

sábado, junho 23, 2007

Sozinha à meia luz

Estou aqui, neste bar, escrevendo nesta folha de guardanapo suja e brincando com a guimba no cinzeiro. É só que me resta a fazer agora. Já bebi todas, já fumei todos, já fui mil vezes ao banheiro, até já fingi estar falando no celular. Não tenho mais arma nenhuma para me simular entretida e como se estivesse muito bem sozinha, quando na verdade eu levei um bolo. É, um bolo. Essa música romântica no fundo seria muito bonita em outras situações, agora ela me parece mais uma ofensa e quase me faz chorar. Eu e essa minha mania de inventar amor! Estou sempre querendo aumentar os sentimentos, me apaixonar, fazer uma história bonitinha... Pra quê isso? Essa sina de ser par.

O fofinho da vez esqueceu-se de mim e me deixou aqui plantada. Só não fui embora ainda porque cismo em ter esperanças de que ele vai aparecer com uma flor me pedindo mil desculpas porque o carro enguiçou ou porque ele teve que ajudar uma velhinha que passou mal na calçada da sua casa. Daqui a dez minutos eu vou, quando terminar essa música eu vou, se o garçom virar para a esquerda agora eu vou. E não vou. Não agüento mais essas pessoas me olhando! Deixem eu ficar sozinha e bêbada em paz! Detesto quem regula o que eu faço. Eu quero encher a cara e pronto! O problema é meu. E eu não preciso de ninguém para me sentir bem. Estou sozinha porque quero!

É... Quem dera fosse. Eu estou longe de estar apaixonada. Só saímos uma vez. Depois de um show. Mas eu já até tinha preparado falas, pensado em assuntos, pesquisado sobre o diretor que ele falou que adorava, pus meu melhor perfume, vesti a minha melhor calcinha. Tudo rolou muito fácil, pareceu ser bem especial. Queria repetir...

Espera aí. Será que eu que fui muito fácil? E por isso ele preferiu não vir para não ter que levar mais a sério? Merda! Eu não sou fácil, as coisas que foram acontecendo. Pensei que ele tivesse gostado também. Principalmente quando marcou esse segundo encontro de uma forma muito romântica. Pra quê? Me deixou plantada! É tudo culpa dessa minha mania de me jogar para fazer bonito. Agora estou bêbada, sem cigarro, sozinha e com fome. Apenas com a bolsa de companhia. Mas deixa estar! Daqui em diante eu vou ser a pessoa mais difícil do mundo, só vou me relacionar com os caras certos e vou largar esse romantismo ingênuo e insistente. Assim que esse guardanapo terminar eu vou embora. Ah, se vou!

terça-feira, junho 19, 2007

Com patata palha, por favor!

Às vezes os relacionamentos são como aqueles x-tudão-master: tem muito coisa para se comer, mas, ao invés de apreciarmos o sabor, ficamos mais preocupados e não nos sujarmos de molho ou deixarmos o hamburger cair no chão. É tanta manobra para se comer que no final não se sabe bem ao certo o que se fez, apenas que já acabou.