segunda-feira, fevereiro 26, 2007

Brilho nos olhos. E na cabeça.

No carro, quando meu pai brincava com a minha irmã por ela ter pensado que umas luzes distantes de seja-lá-o-que-for eram a árvore de natal da Lagoa, ela prontamente respondeu:

- É porque meus olhos enfeitam mais do que enxergam.

Tá cada dia mais esperta, a minha lindinha!

Um caos!

Já estava parada em frente a casa da avó há uns 10 minutos, quando ela finalmente desceu. Quando estava prestes a entrar no carro, uma moto passou ao seu lado. A senhora jogou a bolsa com pressa para dentro do carro e ficou parada. Depois que o veículo passou, ela se ajeitou e sentou rindo, como se tivesse se recuperado de um susto.

- Por que você fez isso?
- Porque se o cara resolve me assaltar, pelo menos a bolsa já estava no carro. De mim ele não tem nada o que levar.
- Eu hein! Isso é paranóia!
- Paranóia nada! Você não lê os jornais?
- Claro que leio! Eles sempre pintam um Rio de Janeiro mais perigoso do que realmente é.
- Nada disso, menina! Você é que tem sorte.
- Pode até ser, mas você não precisa viver sempre em alerta! Isso atrai coisas ruins! Aposto que se o motorista fosse branco você nem ligaria.
- Claro que ligaria!
- E se fosse uma Harley Davidson?
- Pode ser roubada! Só velho usa Harley Davidson, porque tem grana.
- E se fosse o filho do velho rico?
- Jovem não compra esse tipo de moto. Acha brega.
- Acha brega? Nada a ver! Ninguém acha brega uma Harley Davidson!
- Acha sim! Principalmente com 20 anos.
- E quem disse que o filho do velho tem 20 anos? Ele tem 27 e muito bom gosto!
- Tem nada! E ainda por cima deve ser um desses pit-boys mimados! Essa violência não acaba nunca!
- E se ele for viado? Não vai querer brigar à toa.
- Ah é? E desde quando você tem contatos com viados?
- Eu não quis dizer isso!
- Não quero mais você encontrando viados, mocinha! Tem sempre um daqueles grupos neo-nazistas atrás deles. Essa cidade tá cada dia mais perigosa! Um caos!
- Ah! Eu desisto!
- No meu tempo não era assim...

(Baseada e papo real)

terça-feira, fevereiro 13, 2007

A terra prometida

Eu fui, mas já volto
Depois trago todo mundo
Vou te dar vida de madame
Vou tirar a gente do fundo

Eu fui, mas logo tô de volta
Me espere com seu cheiro de rosela
Cuide da saúde dos pequenos
E reze por nós na capela

Eu fui, mas voltarei dotô
Trarei comida, conforto e educação
Em forma de dinheiro, mulher
Tem poder que o tem na mão

Dizem que pro lado de lá
Só tem coisa boa esperando
É a nossa chance de bonança
Eu fui, mas já tô voltando

Incomple

Não consigo fechar nenhum pensamen
To nem conseguindo deixar uma idéa comple
Tá faltando inspira
São tolices tal
Vez ou outra eu preciso reno
Varri toda a minha men
Tenho que re
Ver as coisas com cuidado sempre aju
Daqui eu já não vou me preocu
Pára de ligar tanto pra certeza e para o cami
Onde se quer chegar as
Sim, chega de calcul
O homem pensante nem sempre é
Bombardeio, ruim, men
Talvez não completar não seja tão incomple
Tomo meu rumo, se
Não é sempre tão bom pensar.