quarta-feira, julho 19, 2006

Festa de boneca

Filmes de festa de 15 anos deveriam ser queimados! Ontem meu pai inventou de achar o da minha festa. Que terror! Relembrar é viver duas vezes.

Eu não queria ter feito festa, mas fui praticamente obrigada! Minha família toda fez pressão psicológica. E lá estava eu: de longo rosa, cachinhos no cabelo, sendo perseguida pela filmadora e dançando valsa com todos os homens da família. Passo quase o filme todo mandando língua pra câmera, me escondendo ou tapando a lente com as mãos. Eu estava extremamente envergonhada com aquela situação ridícula!

Lembro que não consegui curtir nem um pouco. E os presentes, que seriam uma parte bem agradável, foram aqueles típicos de festa de 15 anos: pingente, brinco, cordão. Tudo de ouro! Nada do que eu use, sequer goste.

Assistindo o filme ontem eu ouvia meu pai dizer "Sua festa foi muito boa, né filha? Todo mundo dançou, se divertiu, gostou!" Bom, talvez muita gente tenha gostado mesmo, mas a aniversariante não. Pra que valsa? Pra que carinha de boneca? Pra que tudo rosa? Antes se fosse um gosto meu, sonho ou sei lá o quê! Mas nunca foi.

De qualquer forma, é bom rever essas coisas. Cada mico que passei! Foi uma daqueles experiências onde se aprende a não repetir nada parecido nunca! Mas o bom mesmo foi ver meus amigos. Ah, isso sim foi bom! Todo mundo com cara de criancinha, pessoas que eu nem tenho mais tanto contato, pessoas que mudaram muito...

Ainda teve minha irmã super fofa, ainda cheia de bochecha na época, falando "Dedé, eu te amo", no microfone e depois ficando com vergonha de me abraçar. E no filme seguinte, da mesma fita, estava lá ela fantasiada de Papai Noel e fazendo todo mundo rir. Nostalgia!

terça-feira, julho 18, 2006

O dia chegou

O desejo é que esta noite seja infinita, para que você não se vá. Porque a dor da sua ida se deita sobre mim e pesa, me contraindo contra todo o passado e o sonhado futuro.

Seu cheiro na minha mão e seu gosto na minha boca são fatais e traidores. Não me ajudam a não a molhar o travesseiro mais uma vez. Malditos pensamentos!

Penso que é melhor não achar que é o último carinho, para que sirva de esperança do meu desejo tão latente e ao mesmo tempo tão confuso e cheio de obstáculos.

Eu tranco a porta e deixo você ir por respeito e por compreensão. “Compreende-se melhor o outro quando se quer ser compreendido.” E tento, junto, usar a chave para trancar meu coração para que a dor tenha mais dificuldade de entrar. Porém a dor insiste e consegue passar por entre as frestas. Dá um soco no meu peito e escorre pelos meus olhos.

Duas almas aventureiras que, em aventura, se amaram e se respeitaram até que a dor – prima-irmã da antes citada – as separasse. O amor foi interrompido por amor. Que as boas lembraças e aprendizagens triunfem, pois é o que resta. Largá-las é praticamente impossível!

O racional...... O nem sempre certo racional prevalece. O dia chegou e eu não quero acreditar. Todo o grito dentro de mim se canaliza e eu o aperto com força com as mãos para que se cale. Tanto, tanto a ser dito e a ser feito! Não largue minha mão esta noite, é o que penso.

Morro! E por agora não consigo nem... mais...... escrever......... uma............ linha...............

sexta-feira, julho 14, 2006

Cactos

Uma vez ouvi dizer que relacionamentos são como plantas: precisa-se regar sempre para que não morra. Eu gosto muito dos relacionamentos do tipo cactos.

Os cactos são firmes e fortes. Os cactos resistem às condições de Sol abrasador e até seca muito bem. Os cactos não perdem água a toa. Os cactos não deixam qualquer um chegar perto. Os cactos são lindos e originais. A flor de cactos então... Deixa toda a flora com inveja.


Texto republicado. Feito em 05 de Maio de 2005.

quarta-feira, julho 12, 2006

Canadense troca clipe de papel por casa!

"Um canadense que se propôs a usar a Internet para trocar um clipe de papel por uma casa disse que conseguiu vencer o desafio. Kyle MacDonald, 26 anos, fez ao todo 16 trocas pela Internet ao longo de um ano e diz estar prestes a se mudar para a nova casa."

Impressionante! Clique aqui para ler mais.

segunda-feira, julho 03, 2006

Dirigir em túnel

Tinha tentado. Tentado tanto! Nada funcionava. Até atitudes mais baixas, para pelo menos chamar a atenção. Nada. Aonde se perdera todo aquele amor?

Ela estava desesperada! Era como se dirigisse dentro de um túnel: andava, andava, mas parecia não sair do lugar. A imagem ia se repetindo, repetindo, repetindo, repetindo... Parecia que, se virasse um pouquinho para o lado, bateria contra a parede. Uma sensação quase claustrofóbica!

Não viu resultado no ateque de ciumes, no ignorar de ciumes, na langerie, no corte de cabelo, no vestido novo, na torta de morango, na blusinha igual a da Juliana Paes, no perfume chamativo... Em nada! Ele não a admirava mais. Achava até que ele estava tendo um caso com alguma garotinha qualquer de vinte anos.

Ah! Os vinte anos! Tanta beleza e tão pouca maturidade. A segunda deveria ser mais valorizada do que a primeira, mas nunca é. A experiência de vida perde para a jovialidade e é tacada num canto. O que fazer com ela? Que dor seria saber que seus dias de relação - ou quase isso - estão contados. Muita dor.

Não pensava em divórcio. Ela o amava, apesar de não sentir mais o mesmo tesão, paixão - até porque, eles não eram mais alimentados. Ela o amava por tudo que ele havia sido sozinho e ao seu lado. Porém, agora era apenas um desconhecido dormindo em sua cama, mas ela ainda tinha esperanças de recuperar patamar de antes.

Lembrava-se dos bons, dos ótimos, momentos juntos! Das promessas de amor eterno, de toda paixão que exalava, do sexo perfeito, das carícias no cinema, dos beijos ao acordar, dos abraços apertados nos reencontros, do apoio nas horas ruins, das risadas nas horas boas. Tudo sempre foi tão lindo! Aonde se perdera todo aquele amor? Esse túnel parecia não ter fim. Iria desmoronar antes disso.

sábado, julho 01, 2006

Paranóia

E mais uma vez aconteceu! Eu sempre clicava em cima da foto do MSN para mudá-la, mas agora que eu baixei sua nova versão - que é bem feiosinha, diga-se de passagem - tenho que clicar em um botão e depois em "Alterar minha imagem de exibição". Só que como eu nunca tinha parado para pensar que eu só clicava em cima da foto, estou sempre errando toda a vez que vou mudar para outra.

Não, não é papo de maluco! Se um dia me perguntassem:
-- Roberta, como se muda a foto na versão 7.0 do MSN? - mesmo fazendo isso sempre, eu não saberia responder sem estar na frente do programa...

Não, não é mesmo papo de maluco! É que nem a porta da minha cozinha: eu só percebi que encostava nela quando alguma coisa mudou. Por exemplo, eu - como a maioria das pessoas que gastam horas do seu dia em frente ao computador - digito sem olhar para o teclado. Se uma dia me pedirem para desenhar um teclado e indicar onde fica cada tecla, eu não saberei fazer. Eu sei aonde estão todas as teclas, mas, ao mesmo tempo, eu não sei. É o que acontece quando uso teclado sem "ç", me enrolo toda.

Acho que vou criar uma nova paranóia em cima disso. Vou tentar notar nas coisas que eu faço "automaticamente" e, na maioria das vezes, sem perceber. Credo! É assim que surgem os TOCs: a pessoa perde o controle de seus hábitos. Estou ficando preocupada comigo mesma. Imagina? Eu devo perder um monte de coisas da minha vida sem notar! As coisas passam desapercebidas e eu não as fixo na memória.

É que nem quando descubro uma palavra nova. Dia desses descobri o que significava "compilado". Agora vira e mexe eu ouço alguém falando isso. Muito estanho! Antes de eu aprender, acho que nunca a tinha ouvido! Agora que eu aprendi, todo mundo resolveu usar.

Tá. Não é nenhum complô contra mim, eu sei. Minha adversária é a minha própria mente! Parece que a cada coisinha nova que eu aprendo ou percebo, o meu universo pessoal expande mais um pouquinho. Daí dá a impressão que todos começaram a falar "compilado" para cima e para baixo e que o ato de mudar a foto no meu MSN, ou bater com o braço na porta da minha cozinha, se tornou um pouco mais significativo.

Improvesias

Improvisos + Poesias = Improvesias

É um misto de frases eruditas, poesias, improvizações e muitas, muitas idiotices.
Com certeza é O blog!