terça-feira, julho 18, 2006

O dia chegou

O desejo é que esta noite seja infinita, para que você não se vá. Porque a dor da sua ida se deita sobre mim e pesa, me contraindo contra todo o passado e o sonhado futuro.

Seu cheiro na minha mão e seu gosto na minha boca são fatais e traidores. Não me ajudam a não a molhar o travesseiro mais uma vez. Malditos pensamentos!

Penso que é melhor não achar que é o último carinho, para que sirva de esperança do meu desejo tão latente e ao mesmo tempo tão confuso e cheio de obstáculos.

Eu tranco a porta e deixo você ir por respeito e por compreensão. “Compreende-se melhor o outro quando se quer ser compreendido.” E tento, junto, usar a chave para trancar meu coração para que a dor tenha mais dificuldade de entrar. Porém a dor insiste e consegue passar por entre as frestas. Dá um soco no meu peito e escorre pelos meus olhos.

Duas almas aventureiras que, em aventura, se amaram e se respeitaram até que a dor – prima-irmã da antes citada – as separasse. O amor foi interrompido por amor. Que as boas lembraças e aprendizagens triunfem, pois é o que resta. Largá-las é praticamente impossível!

O racional...... O nem sempre certo racional prevalece. O dia chegou e eu não quero acreditar. Todo o grito dentro de mim se canaliza e eu o aperto com força com as mãos para que se cale. Tanto, tanto a ser dito e a ser feito! Não largue minha mão esta noite, é o que penso.

Morro! E por agora não consigo nem... mais...... escrever......... uma............ linha...............