segunda-feira, janeiro 28, 2008

Bem vindo

Meu amor, entre. Não se acanhe. Você já chegou sem avisar. Me dê um abraço! Limpe os pés e sente-se aqui, onde o vento bate melhor. Vou fazer um café para esquentar, mas enquanto isso sinta-se em casa e aceite essa água. Não demora! Espere olhando para essa janela que é grande e tem vista para o jardim. E quando eu voltar, a gente conversa, mata as saudades e eu dormirei no seu colo para descançar. É só esperar!

sexta-feira, janeiro 11, 2008

Duas a uma

Quando alguém está mal, de que forma você assiste?

quarta-feira, janeiro 09, 2008

Conselho

Minha mãe entrou no meu quarto com os cabelos molhados. Fez um breve silêncio de quem vai falar alguma coisa importante. Respirou, olhou nos meus olhos e disse "Roberta, esquece isso. Não vale a pena."

E é fácil esquecer o passado?

segunda-feira, janeiro 07, 2008

Abricó de macaco


Eu estava lendo uma revista que surgiu em cima do sofá da sala e que agora não me recordo o nome. Entre notinhas sobre bonecos gays nas versões judeus, mulçumanos e nazistas e frases de impacto de pessoas desconhecidas, veio uma sobre certa eleição feita pela tal revista sobre a árvore que poderia substituir o pinheiro, dando um toque mais brasileiro ao natal da gente.
A que ganhou foi o Abricó de macaco, para a minha grande surpresa. Achei ótimo! É uma árvore realmente linda, que eu gosto demais. Em segundo, veio o não menos lindo Ipê amarelo.
Estranho apenas seria por pisca-pisca e enfeites natalinos em uma árvore tão efeitada por natureza.

Piegas

Chegou de repente, como chuva de verão. Molhou meu cabelo, refrescou meu rosto e eu, que tenho medo de relâmpago, nem liguei de ficar de baixo da tempestade. Me enxarquei e procurei calor no abraço dele - o melhor abraço -, onde eu encaixo direitinho e que agora faço morada.

Olhos nos olhos: aquela sensação de estar no lugar certo. O silêncio vem e não incomoda. Pelo contrário, mostra que é dali mesmo que sai bom fruto, de gosto doce, com suco de lambuzar o rosto. As horas que se passam com leveza, o carinho que não se desgasta, a vontade de não ir embora. Eu agora sou piegas! E gosto de ser, assim como a lágrima que caiu do olho direito. Mordo o fruto e planto sementes, sem medos.

sexta-feira, janeiro 04, 2008

Vento

Da água, faço correnteza
Da pedra, tiro lasca
O fogo, auemento
Eu sou o vento

...

Rabisco sobre o amor

Eu nunca poderia amar alguém sem alma poética
E nem alguém que não entenda a minha poesia

O melhor abraço

Ele pediu para eu ficar ali para sempre
E eu fiquei.

Ao longo do nosso tempo
Que é nosso, mais de ninguém.