sexta-feira, abril 28, 2006

Nota

PS 1: Eu odeio fanáticos. Seja religiosos, políticos, amorosos, musicais ou o raio que o parta. Ser fanático é não saber ver o outro lado, não saber pesar nem respeitar, perder o bom senso.
PS 2: Vinho tinto é muito bom!
PS 3: Meu sonho é poder ir para a faculdade de bicicleta!

quinta-feira, abril 27, 2006

Influenciando

Eu fico muito feliz quando alguém gosta de algo que escrevi. Gosto quando comentam aqui ou diretamente comigo, gosto quando dão dicas para melhorar, gosto quando elogiam...

E eu fico mais feliz ainda quando vejo que o que eu escrevi influenciou alguém!

Desde que eu comecei com este blog, já três pessoas criaram seus próprios blogs por terem gostado daqui!

Rodrigo - http://vida-surreal.blogspot.com
Leo - http://errarehumano.blogspot.com
Nick - http://temposobrando.blogspot.com

O mínimo que eu posso fazer como gratificação é propaganda ;)

segunda-feira, abril 24, 2006

O homem e o cavalo

O homem veio subindo a ladeira sentado na sua charrete. O cavalo já estava cansado, andando bem devagar. Aparentava já ter feito muitos favores àquele homem.

Com uma palavra de comando, o cavalo entrou na parte com grama e estacionou a charrete debaixo de uma árvore. O homem saltou, pegou uma foice e começou a capinar.

Por que ele capinava? Seria pago para isso ou queria o capim para si? Ou quem sabe os dois? Fiquei sentada ali por cerca de uma hora. Quando a gente pára para observar a natureza, parece que ela pára para se apresentar.

Seguia com o olho a borboleta amarela que ia para a direita, me deparei com a borboleta marrom que ia para a esquerda, depois com a libélula que ia para a direita... No fundo, as montanhas, o Cristo Redentor, o Pão de Açúcar, a ponte Rio-Niterói, o mar com vários tons de azul - com umas partes azuis tão clarinhas que dava a impressão de que o céu tinha descido. No céu, o sol bem forte e uma nuvem andando devagar, mudando a forma. Seria um milagre?

Um urubu bem preto parou em cima do poste e junto a mim ficou observando o que havia ao redor. É difícil pensar que aquela terra está ali há milênios quando um instante é tão denso; quando a natureza parece ser tão jovial e surpreendente. Tudo parece ser sempre tão novo.

Em uma linha de cimento a grama terminava e o asfalto começava. Justo nessa parte a grama era maior, como se fosse os peões, os protetores da parte verde. Em uma linha tudo mudava de sentido. E pensar que essa linha não havia.

Eu passava os dedos entre as folhas para pode sentir mais daquilo tudo, enquanto para o cavalo a grama era alimento. Foi então que eu soube, graças a uma mulher que passava na rua e perguntou, que o homem capinava para poder alimentar seu cavalo. E era lindo ele levando o capim nas costas.

sábado, abril 22, 2006

Linha tênue

Linha tênue é o que diferencia:
Assassino do matador
Amor da paixão
Querer fazer de fazer
Louco do gênio
Ideologista do ditador
Possuir de ter

Entre tantas outras coisas.

domingo, abril 16, 2006

Imagem no espelho

Pôs a camisola, escovou os dentes, limpou o rosto e penteou o cabelo. Se sentia linda!

A lua estava cheia, a noite estava fresca. A camisola de algodão caia sobre seu corpo de uma forma delicada e sensual, realçando sua formas. Seu rosto estava alegre, seu cabelo estava sedoso e a imagem no espelho, naquele momento, a agradava muito.

Queria poder entregar isso para alguém. Sabia que sua beleza era efêmera; beleza jovem. Se alguém soubesse admirá-la corretamente, sua beleza enfim seria real - não seria apenas dela, mas sim eternizada por outra pessoa. Alguém um dia a eternizaria?

A noite estava linda, mas ela estava em casa, sozinha. Sua beleza iria embora sem alguém ao menos notar. Queria poder entregá-la.

sexta-feira, abril 14, 2006

Inércia agitada

Agora estava em frente a uma bifurcação. Não sentia vontade de seguir nenhum dos dois caminhos, mas sim dar um passo para trás. Não podia e sabia disso! Seria desperdício de tantos passos já dados.

Passaria o dia todo sozinha e já estava enjoada de si própria. Precisava ver outras pessoas, respirar um ar menos viciado, ser surpreendida pela vida que o mundo agrega. Ao mesmo tempo, não queria se mostrar, se promover, se convencer. Queria apenas ficar ao lado de uma companhia agradável e se sentir em paz, no silêncio. Não era dia para muita animação.

Por estar se sentindo vazia e ansiosa, com pressa de alguma coisa que não sabia o que era, aumentou o problema e quase se desesperou, ainda que tendo muitas opções do que fazer.

Não sentia a vida pulsar. Era o não-reconhecimento? Era a falta de alguém? Era a falta de algo? Era a idealização? Era a chatice? Era a inércia agitada do ser, e nada conseguira concluir. Disperdício de vida ou apenas uma outra forma de se viver?

quinta-feira, abril 13, 2006

Ensaios de Lóri

Sentiu, de súbito, vontade de viver. Mas como viver mais do que já vivia? Ele amava tudo que tinha, tudo o que fazia, ainda que sentisse vontade de chorar sempre que pensava no quanto continuava se privando.

As luzes dos postes iluminavam a janela do táxi. Observar o repetitivo espaço, exato, entre elas era quase um transe. Poderia ter deixado para mais tarde a passagem de si para outros? Poderia ter tentando agarrar o mundo antes de se agarrar? Teve medo do que poderia ser sozinho; da sua capacidade de ser mais. Ou de ser menos?

A indiferença era tampada com falsa felicidade, falso amor. A indiferença era a angústia disfarçada. Ele não gostava de se angustiar e queria abraçar, acumular, tudo o que parecia ser bom, e não largava fácil. Sem ao menos pesar qual era o bem que realmente faria bem. Podia cair num poço misterioso ou podia segurar em alguma coisa que o suspendesse.

Tinha medo de compreender. Querer saber de tudo e se defender de tudo era a fuga da condição humana. Compreender é sempre um erro, pois é capcioso. Preferia a falsa felicidade e o falso amor, assim disfarçaria a dor de ser.

E por que ser deveria ser uma dor? Hoje ele prometeu, mesmo sabendo que não cumpriria, apenas fazer o lhe serviria para a ida ao porto de chegada. Iria pensar bem no que realmente o faria bem e se focaria apenas nisso, deixando de lado os outros penduricalhos.

Se esforçaria para ser coerente, para não procurar salvação onde não existiria e para não mentir, principalmente, a si mesmo. A partir de hoje ele poderia ser amado por ser o que ele é, e poderia amar de volta. Sem acusações, dúvidas, julgamentos... Em paz. Sentia que, embora muitos anos passados, ainda tinha muita vida pela frente.

Ele gostava do silêncio. O silêncio não o traia. O silêncio o levava a condição de pré-morte, de onde poderia ressuscitar. O silêncio o largava sozinho e o fazia sentir o doce da solidão, que era muito amarga. Ele se desarmava e quase conseguia enxergar por completo a realidade não programada. Naquele momento parecia fácil fugir dela. Ali, ele vivia e nunca expressaria isso em palavras. Apenas naquele momento.

"Morrer deve ser um gozo natural. Depois de morrer não se vai ao paraíso, morrer é que é o paraíso."

Dia do beijo

Hoje, dia 13 de Abril, é o dia do beijo! Aproveite essa data para beijar muuuuuuuuuuuito quem você gosta ou para cantar muuuuuuuuuuuito quem você quer beijar. Como? Muito simples!

Para homens:
H: Amahã é feriado, né?
M: É... Sexta-feira da paixão.
H: Não se pode comer carne nesse dia, sabia?
M: A-ham.
H: E você respeita a data?
M: Mas é claro!
H: Sabia que hoje também é uma data comemorativa?
M: Ah, é? O quê?
H: Dia do beijo - nessa hora você tasca um beijão!
M: Tá maluco? Por que você fez isso?
H: Só estava respeitando a data...

Para mulheres:
M: Hoje é o dia do beijo sabia?
H: Ah, é? Então vem cá, tchutchuca!

terça-feira, abril 11, 2006

Churros

Ontem aconteceu uma coisa engraçada!

Motorista da minha Van: Abre a janela aí e pede um churros pra mim!
Eu: De setenta ou de um real?
M: De um. - me entregando o dinheiro
E: Moço, me vê um churros de um real aí, por favor - pego o churros, pago e fico cheia de água na boca, mas sem nenhum centavo no bolso.
M: Pô, Robertinha! Obrigada!
E: Que nada.
M: Ih, tá escorrendo o doce-de-leite! Dá uma mordida para não cair!
E: Sério mesmo?
M: Morde logo antes que caia! - mordo feliz e contente e entrego. Ele dá uma mordida e me devolve. - Toma.
E: Quê?!
M: Toma. Quero mais não.
E: Mas como assim? Churros é tão bom!
M: Eu sei. Só queria matar a vontade, sentindo o gosto. Estou de regime!
E: Então eu posso comer esse maravilhoso, delicioso e crocante churros de doce-de-leite TODO?
M: É, pô. - abro um sorriso de orelha a orelha, como criança quando vê doce, e me delicio. hmmm

domingo, abril 09, 2006

Sobre enfrentar os medos

O texto abaixo não é de minha autoria. Foi feito por um amigo e eu gostei muito. Um amigo talentoso que constrói maravilhas e nem nota. Vale a pena ler e refletir.

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Às vezes costumamos enterrar nossos medos e arrependimentos,
varrer a sujeira pra baixo do tapete e esperar que a visita não a veja.

Instintivamente, tentamos nos forçar a esquecer o que fizemos na esperança que se deixarmos
quietinho não será mais percebido, e, conseqüentemente, será esquecido por todos também.

Algumas vezes, porém, enterrrar estes problemas os faz germinar. E eles crescem tanto e nos corroem por dentro até eclodirem novamente, escancarando nossas vergonhas e medos à pessoas importantes para nós. Trazem de volta nossas culpas e arrependimentos e nos expõe novamente como ridículos e falíveis seres humanos.

Somos colocados nus sobre um palco com uma platéia lotada assistindo. E não sabemos interpretar. Em pânico, esperamos apenas que alguém da platéia seja tão humano e falível quanto a gente, e nos tire desta situação embaraçosa. Às vezes esta pessoa existe, às vezes não.

Talvez seja hora de aprendermos a não mais enterrar nossos problemas. Não os deixarmos germinar e tornar-se um câncer, mas sim trazê-los à tona, enfrentá-los, admiti-los e eliminá-los definitivamente. É necessário coragem para enfrentar a vergonha e a culpa.

Os passos são dados aos poucos e o crescimento é solitário, mas é hora de matar o monstro. Por fim, resta sempre a esperança daquele 'alguém' da platéia.

sábado, abril 08, 2006

Eu gosto do silêncio.

domingo, abril 02, 2006

répi bãrfdêi tu iou

É impressão minha ou todo mundo resolveu nascer em Abril?