segunda-feira, maio 15, 2006

Teste de gravidez

Deu positivo! Agora não tinha mais como voltar atrás. O feto já estava se formando dentro de seu útero. Aborto? Não, não poderia pagar o seu erro com uma vida. Não usou camisinha mesmo, agora assumiria.

Gelou! Pensou rápido em como tudo iria mudar radicalmente. Tinha sido só uma trepada sem compromisso. Mal conhecia o futuro pai. Será que ele seria um bom pai? Agora teriam que zelar integralmente pelo bem de uma outra pessoa. Uma pessoa que dependeria por inteiro deles. Ela tinha só dezesseis anos, repetente, cursava a oitava série de uma escola paga pelos pais.

Droga, e os pais?! Como contaria essa notícia para eles? De certo o pai a expulsaria de casa; Mandaria arrumar uma forma de sustentar o filho; Obrigaria um casamento; A tiraria da escola para não passar vergonha! A mãe ajudaria a criar, mas não sem deixar de dar aquele sermão. A família toda a criticaria! Os conhecidos olhariam de cara feia, "Que dada!". Alguns - só alguns, porque a revelação acontece nos momentos de difíceis - amigos dariam apoio. E o pai? Assumiria?

Foi só uma trepada! Umazinha! Que falta de sorte! Sentia ódio da sua estupidez. Quanta coisa poderia ser evitada... Por outro lado, já até conseguia sentir amor materno. Olhava para a sua barriga, ainda pequena, e passava a mão com carinho. Tinha uma pessoa ali dentro! Deu um suspiro.

Era semana de dia das mães. Que coincidência ingrata, mas feliz. Nove meses depois teria um bebê em seus braços. Um problema. Um milagre. Uma alegria.

1 Comments:

Anonymous Anônimo said...

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»

18 maio, 2006 19:23  

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